08/08/2011

NL-- Floresta faz a diferença.



Membros do Comitê São Paulo em Defesa das Florestas mostram os cartazes da campanha #florestafazadiferença.

Dois meses após o lançamento nacional, São Paulo oficializou hoje o seu Comitê em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável, coalizão de organizações da sociedade civil contrária ao Código Florestal aprovado na Câmara dos Deputados. O evento marcou o início da campanha #florestafazadiferença, com ummanifesto contrário às mudanças, a ser entregue aos senadores que votarão a matéria.
O lançamento reuniu senadores, deputados, ex-ministros, ong’s, representantes de movimentos sociais e sociedade civil. Na mesa de discussão, uma visão de futuro que garanta tanto a preservação das nossas riquezas ambientais, quanto o desenvolvimento da agricultura.
No que depender das vozes políticas presentes no evento, o Código Florestal ruralista não passa como está pelo Senado. O senador Eduardo Suplicy (PT) assinou o manifesto e garantiu que será voz ativa na casa contra as propostas. “Acredito que pode haver um diálogo”, garantiu Suplicy..
Para o deputado federal Ivan Valente (PSOL), o Código Florestal desconfigurado é um atentado aos interessses nacionais e às futuras gerações. “O que está em jogo é a vantagem comparativa de uma nação. Podemos ser uma potência, protegendo as florestras e aumentando a produtividade” , assegurou Valente.
Igual perspectiva é a da ciência, garantiu José Goldenberg, ex-presidente da Sociedade Brasileira pelo Progresso da Ciência (SBPC). A entidade assinou estudo que garante que as mudanças no Código Florestal não passaram pelos olhos da academia e sinalizando que ainda há muito debate a ser feito. “Eu asseguro que destruir as florestas é uma questão irracional”, disse Goldenberg.
O ex-ministro Rubens Ricúpero ressaltou a dimensão internacional do debate, alertando que o aumento do desmatamento torna inviável o compromisso brasileiro assumido sob holofotes mudiais de redução de emissão de gases estufa. “Falamos em aumento de produtividade, mas é preciso levar em conta qual vai ser a reação dos mercados internacionais ao retrocesso da política ambiental”, disse Ricúpero. “Para o anfitrião da Rio+20, isto pode significar o fracasso da conferência.
A ex-ministra Marina Silva criticou pontos que acredita serem grandes maldades ruralistas. “As mudanças propostas no Código Florestal acabam com a função social da terra e inviabilizam o trabalho de avaliação das terras improdutivas”, disse Marina. A ex-ministra ressaltou também a permissidade de medidas como o enfraquecimento do poder de fiscalização do Ibama, proposta saída do reduto da motosserra.

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